terça-feira, agosto 03, 2010

A Nova Dança

Aos que mais amo. Meus filhos e netos

Vejo-vos a dormir.
Meus queridos. Bem-amados.
Sinto a hora rugir
E não ´stão acordados.

Entra em ti e acorda
Não te deixes ficar.
Agarra já a corda
Que te ´stão a lançar.

O tempo é curto e grave.
De plena introspecção.
Os Céus lançam a chave,
Abre p´ra ela a mão.

Não fiques na corrente
Do já ultrapassado.
O Homem está doente.
Rumemos outro lado.

Surgem novas auroras
Já noutra dimensão
- Aqui mesmo onde moras –
Mas… no nível d´Ascensão

Não fiques para trás.
O “comboio” não percas,
Que o mesmo só regressa
Milénios decorridos.

Reflete: - Onde vás
Na dimensão que estás
Anda tudo às avessas.
São sempre “as mesmas peças”
De risos e gemidos.

Abre-te ao Novo, Novo! Novinho a estrear!!!
O “Povo” desse “Novo”
Não cessa d´avisar…

Que, se nossa vontade
Recusa o novo estado,
Não nos podem levar
Num triz ao “outro lado”

Que, quem aqui ficar,
Na 3ª dimensão,
Bem tarde vai chegar
A esse tal “Padrão”

Por isso, é mesmo AGORA
Sem mais prorrogações.
Que CICLOS têm Horas,
Princípios, Condições.

EU VOU!!!
Depois não grites
Oh Mãe! À minha “porta”
Nem por mais que te agites
Eu posso socorrer.

Bem viva eu estarei, por mais me vejas morta.
E NÃO ME VOU DETER.

De há muito, ESTE CAMINHO,
Te mostrei, DE CRIANÇA.
Se queres, fica sozinho.

EU, SIGO A “ NOVA DANÇA “.

Sintra, 2 de Agosto, 2010

(Poema da minha avó à família)