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O pior dos jogos: o jogo da vítima-perseguidor-salvador
A vítima convoca salvadores ingénuos que facilmente aderem ao jogo. Mas ela também aponta os seus perseguidores que, assolados pelo exército de salvadores, rapidamente se transformam em novas vítimas. O ciclo vai-se repetindo e engrossando com as sucessivas ondas de salvadores à deriva. Estes foram convocados para uma missão impossível e logo se envolvem nos novos papéis de perseguidor e vítima.
A batota do jogo é suposta hierarquia de poder e moralidade, no topo da qual está o salvador, sendo a base ocupada pela vítima (com pouco poder) e pelo perseguidor (com pouca moralidade). Porém, sobre moral, cada um toma a que quer; quanto ao poder, ele está, de facto, nas mãos da vítima que comanda o jogo.
As verdadeiras vítimas (sobreviventes) não jogam. (...)
Exibir-se como vítima é lançar o jogo infernal descrito por Eric Berne.
José Luís Pio Abreu
(psiquiatra e professor universitário)
Veja também (em inglês) outros tipos de jogos que jogamos incluindo jogos sãos em:
http://www.ericberne.com
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